quinta-feira, 13 de agosto de 2015

CONSEQUÊNCIAS METABÓLICAS DO TECIDO ADIPOSO (GORDURA) INTRA-ABDOMINAL E SUA REDISTRIBUIÇÃO APÓS A MENOPAUSA. UMA SITUAÇÃO QUE PODE SER CONTROLADA SE TOMARMOS ATITUDE PREVENTIVA E OU CORRETIVA. FISIOLOGIA–ENDOCRINOLOGIA–NEUROENDOCRINOLOGIA–GENÉTICA–ENDÓCRINO-PEDIATRIA (SUBDIVISÃO DA ENDOCRINOLOGIA): DR. JOÃO SANTOS CAIO JR. ET DRA. HENRIQUETA VERLANGIERI CAIO.

As mulheres geralmente acumulam mais tecido adiposo intra-abdominal principalmente quando elas passam pela fase do climatério, perimenopausa e menopausa. Entretanto, a obesidade metabólica, termo cunhado recentemente quando o meio científico considerou a abrangência do comprometimento da obesidade abdominal, visceral, central e obesidade periférica e percebeu que o fator metabólico é indissociável a esta condição nosológica e as funções fisiopatológicas entre si, percebeu que não se tratava única e exclusivamente do acúmulo volumoso, no caso da gordura branca, de substâncias energéticas isoladamente, percebendo assim que ocorria uma interação metabólica e fisiológica de substâncias mais complexas que passavam por processos inflamatórios e outras disfunções desaguando em uma condição severa de co-morbidades como problemas ateroscleróticos, dislipidemias, cardiovascular, respiratórias, diabetes mellitus tipo 2, problemas neuropsíquicos entre outros comprometimentos.


É FREQUENTE A OBSERVAÇÃO DESSES COMPROMETIMENTOS EM MULHERES NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA;


  • Tecido adiposo abdominal (adiposidade visceral) aumenta com o início do climatério e menopausa;
  • A redistribuição do tecido adiposo abdominal com o climatério e a menopausa, parece ser independente da idade e gordura corporal total e pode ser relacionado com um déficit relativo de estrogênios;
  • O climatério e a menopausa têm um impacto negativo sobre os níveis de lipoproteína de lipídios plasmáticos, que podem aumentar o risco de DCV (doenças cardiovasculares);
  • A evidência atual não apóia o uso de TRH (terapia de reposição hormonal) para reduzir o risco de DCV. DCV (doenças cardiovasculares) relacionadas com a menopausa, embora que a maioria dos profissionais sugira benefícios significativos, além da melhora dos sintomas que afetam mais de 75% das mulheres nesta condição, que é uma situação insustentável de qualidade de vida, como a osteoporose, friachos, fogachos, taquicardias, que embora necessitem mais estudos, diversos trabalhos consideram um protetor cardíaco.

CONSEQUÊNCIAS METABÓLICAS NA REDISTRIBUIÇÃO DO TECIDO ADIPOSO MESMO APÓS A MENOPAUSA

Poucos estudos analisaram o efeito da menopausa na resistência à insulina. Vários grupos mostraram que a insulina em jejum e as concentrações de glicose eram mais elevadas em mulheres pós-menopáusicas do que em mulheres em pré-menopausa. Toth et al. verificaram que o estado pós-menopausa, por si só, não foi associado com uma diminuição da sensibilidade à insulina, tal como avaliado pela braçadeira hiperinsulinêmica-euglicêmica. Matthews et al. também relataram que a menopausa não afetou a glicose no plasma, os níveis de insulina, de peso corporal e a pressão sanguínea. No entanto, mais trabalho é claramente necessário aqui, para esclarecer o verdadeiro impacto da menopausa na homeostase da glicose-insulina. A redução na deposição de tecido adiposo intra-abdominal observado com a terapia de substituição hormonal em mulheres na pós-menopausa está associada a uma melhoria correspondente dos níveis lipídicos em jejum (exceto para os triglicérides). Vários estudos têm notado uma redução no colesterol LDL e um aumento nos níveis de colesterol HDL após a terapia de reposição hormonal. Por conseguinte, a suplementação de estrogênio pode ser associada a um perfil metabólico cardioprotetor.

Esta questão continua a ser muito debatida na literatura. Em conclusão, as observações acima apoiam a noção de que hormonalmente quando aumentadas, induzida redistribuição do tecido adiposo nos depósitos intra-abdominal (visceral) em mulheres na pós-menopausa leva a mudanças adversas no perfil metabólico. Mais investigação vai melhorar a compreensão da influência de estrogênios e da terapêutica hormonal de substituição na distribuição do tecido adiposo e os fatores de risco para DCV – doenças cardiovasculares. Dois corpos distintos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo. É o princípio da impenetrabilidade da matéria. Ou, do mesmo gênero, se diz que: um corpo não pode ocupar ao mesmo tempo dois lugares distintos no espaço. 

Estas são afirmativas elementares que estão impregnadas na nossa mente e que dispensam quaisquer comentários ou justificativas sobre a sua presença nos discursos. Entretanto, são princípios de igual natureza que as mais sofisticadas afirmativas do mesmo gênero. Em outras palavras, o aumento distributivo da gordura branca visceral, inexoravelmente irá bloquear o músculo diafragma responsável pelo processo de troca de O² e CO², provocará um comprometimento da região mediastínica, pelo simples motivo de nossos pulmões se expandirem e se contraírem em média de 26 a 30 i/m, e o coração cuja frequência é de 70 a 100 btm. Daí em diante vem a arritmia, remodelação cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva - ICC, o próximo passo todos nós sabemos que um dia ocorrerá, portanto, não acelere uma certeza por excesso de peso pelo simples motivo de que quem viverá em média 100 anos já nasceu, conforme os cientistas. Não é uma vitória?



Dr. João Santos Caio Jr.

Endocrinologia – Neuroendocrinologista

CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como saber mais:
1. Através de uma série de eventos envolvendo a liberação de produtos pró-inflamatórios, os neutrófilos e os monócitos procuram neutralizar o perigo, e se este processo for bem sucedido, a inflamação se resolve...
http://hormoniocrescimentoadultos.blogspot.com.

2. Mas quando os estímulos persistem e a inflamação não é resolvida, os neutrófilos e monócitos continuam a se acumular no local afetado, provavelmente causando o dano irreversível que caracteriza a inflamação crônica...
http://longevidadefutura.blogspot.com

3. Se os neutrófilos e os monócitos agem em conjunto para alimentar a cascata inflamatória, nestas circunstâncias, ainda é pouco compreendida. Warnatsch et al. relatam que os neutrófilos e os macrófagos são os principais elementos para as respostas inflamatórias que agravam a aterosclerose...
http://imcobesidade.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.


Referências Bibliográficas:
Caio Jr, João Santos, Dr.; Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Caio,H. V., Dra. Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo, Brasil; Mazariegos M, Wang ZM, Gallagher D, Baumgartner RN, Allison DB, Wang J, et al. Differences between young and old females in the five levels of body composition and their relevance to the two- compartment chemical models. J Gerontal. 1884;49:201–8; Baumgartner RN, Rhyne RL, Garry PJ, Chumlea WC. Body composition in the elderly from magnetic resonance imaging: Associations with cardiovascular disease risk factors. Basic Life Sci. 1993;60:35–8; Wang Q, Hassager C, Ravn P, Wang S, Christiansen C. Total and regional body-composition changes in early postmeno-pausal women: Age-related or menopause-related? Am J Clin Nutr. 1994;60:843–8; Chang CJ, Wu CH, Yao WJ, Yang YC, Wu JS, Lu FH. Relationships of age, menopause and central obesity on cardiovascular disease risk factors in Chinese women. Int J Obes. 2000;24:1699–704; The Asia–Pacific perspective: Redefining obesity and its treatment. Sydney: Health Communication; 2000. World Health Organisation (WHO)/ International Association for the Study of Obesity (IASO)/International Obesity Task Force; Mc Keigue PM, Shah B, Marmot MG. Relation of central obesity and insulin resistance with high diabetes prevalence and cardiovascular risk in South Asians. Lancet. 1991;337:382–6; Mahajan D, Bermingham MA. Risk factors for coronary heart disease in two similar Indian population group: One residing in India and the other in Sydney, Australia. Eur J Clin Nutr. 2004;58:751–60; Ghosh A. Anthropometric, metabolic and dietary fatty acids characteristics in lean and obese dyslipidaemic Asian Indian women in Calcutta. Food Nutr Bull. 2007; 28:399–405; Pandey S, Srinivas M, Agashe S, Joshi J, Galvankar P, Prakasam CP, et al. Menopause and metabolic syndrome: A study of 498 urban women from western India. J Midlife Health. 2010;1:63–9; Bhagat M, Mukherjee S, De P, Goswami R, Pal S, Das M, et al. Clustering of cardio metabolic risk factors in Asia Indian women: Santiniketan women study. Menopause. 2010;17:359–64; Tandon VR, Mahajan A, Sharma S, Sharma A. Prevalence of cardiovascular risk factors in postmenopausal women: A rural study. J Midlife Health. 2010;1:26–9; Ghosh A. Comparison of risk variables associated with the metabolic syndrome in pre and postmenopausal Bengalee women. Cardiovasc J Afr. 2008;19:183–7; Ruan X, Jin J, Hua L, Liu Y, Wang J, Liu S. The prevalence of metabolic syndrome in Chinese post menopausal women and the optimum body composition indices to predict it. Menopause. 2010;17:566–70; Tremollieres FA, Pouilles JM, Cauneille C, Ribot C. Coronary heart disease risk factors and menopause: A study in 1684 French women. Atherosclerosis. 1999; 142:415–23. 

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